Hoje eu olho todas aquelas fotos, antigas e até mesmo algumas recentes e fico a procurar dentro de mim, toda aquela felicidade que me nasceu impregnada e que contagiava quem por mim passava. Eu busco desesperadamente onde foi aberta a ferida que deu inicio a todas as outras que hoje se encontram em mim, consigo sentir, mas não identificar.
Sinto me abafada, sufocada, com a voz que quer clamar por justiça e que entala na garganta. Não busco mais ser entendida, e não é que eu tenha desistido, mais simplesmente não faz sentido lutar para mostrar algo que ninguém além de mim necessita saber, hoje me satisfaço em me entender e ponto.
Não quero me desabafar, pois tenho medo do ser humano, e não quero me justificar, pois estou em paz com minha consciência. Aprendi a perdoar e foi uma das únicas coisas que me alegrou ultimamente, passei a criar eu mesma auto estima, a me olhar menos no espelho e mais na alma, e a ignorar os olhos que me esnobam e que há pouco tempo me deixariam para baixo, não me iludo com certos amigos e desprezo pra evitar rancor.
Não distingo meus amigos em uma lista enumerada. São todos “meus amigos” e é claro, ultimamente risquei alguns, pois isso faz parte do meu plano de auto suficiência em auto estima. Não preciso de ninguém que me coloque para baixo, mais estou aqui caso essa pessoa precise de mim. Ignoro quem me difama e calunia. Eu sou quem sou, e apreendi a me aceitar assim, dane-se quem não gosta de mim.
Camila Andrade.
Eu só quero ser feliz!
